terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vanessa Spina

Resumo: A Art Nouveau de Victor Horta e Henry van de Velde

Em fins do século XIX, dentro de um contexto de novas descobertas e superação das antigas tradições, não somente a arquitetura, mas a cultura artística em geral é reavaliada no sentido de ampliar o campo tradicional das artes, baseando-se na moderna concepção do mundo que estava cada vez mais evidente. Nasce então, como conseqüência dessa crise, uma nova forma de criar, descendente de jovens artistas que colocam em prática um novo estilo original com idéias, formas e experiências audaciosas e cada vez mais distantes do velho repertório das escolas – o Art Nouveau.

Precursores do art nouveau na Bélgica, os artistas Victor Horta e Henry van de Velde e suas experimentações são de suma importância para a compreensão do movimento e suas principais características. No entanto, o movimento possui um caráter de cultura de vanguarda e, portanto, muitas vezes não segue uma linha única de pensamento e/ou produção, devido à confusão de tendências e à sua diversa distribuição geográfica.

Além disso, o movimento atrai a personalidade do artista para as questões artísticas de modo muito mais sério do que no passado, o que contribui para as diferenças teóricas e práticas entre eles. Nessas condições, até mesmo experiências realizadas na mesma região – como é o caso dos artistas belgas Horta e Van de Velde – podem possuir características distintas, o que muitas vezes impede que suas obras sejam analisadas de forma conjunta. Analisar essas diferenças é o principal objetivo desse trabalho, levando em consideração as influências externas, o pensamento teórico e as experiências práticas dos dois artistas.

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