sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Estelita Rúbia Rezende Rocha

Resumo: Mobiliário e interiores no período Arts and Crafts

Este artigo se propõe a mostrar o que foi o período Arts and Crafts baseando-se nas características da composição dos interiores e do mobiliário. Para isso, faz uma exposição dos principais representantes e uma análise de ambientes característicos desse período, o que nos mostra que foi um movimento muito representativo e que permanece até hoje, mesclando-se me ambientes contemporâneos.

Ana Carolina Braga Clemente

Resumo: As cidades jardins - solução dos problemas urbanos

Este artigo propõe expor os fundamentais princípios de Ebenezer Howard sobre as Cidades – Jardins. Mesmo que, não obtiveram tamanho sucesso que ele imaginara, pois elas se tornaram cidades suburbanas das grandes cidades, as Cidades – Jardins tiveram características como resolver problemas da sociedade urbanizada e integrar vida cidade- campo. No entanto, mesmo que esse projeto teve seu início em 1902, no Brasil houve criações de bairros com esse intuito de aproximação cidade – campo, como o bairro Alto da Lapa (1921), Alto dos Pinheiros (1925) e Butantã (1935), demonstrando que esse ideal é perfeitamente possível de ser aplicado na sociedade, somente é necessário aperfeiçoá-la.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Natália Sávio Silva Esteves

Resumo: Arquitetura Orgânica de Frank Lloyd Wright

O presente trabalho tem como objetivo expor algumas
definições e análises sobre a arquitetura orgânica e mostrar sua influência nas obras de Frank Lloyd Wright. A trajetória profissional de Frank Lloyd Wright (1869-1959) foi constituída por uma tentativa de expressar o que ele denominava “arquitetura orgânica”. Arquitetura essa que a partir de um lugar eleito por Wright como centro de seu projeto, se abre para as diversas funções da casa como um organismo vivo. Não apenas um organismo de formas irregulares ou características volumétricas que lembram a natureza, mas uma construção que faz uma leitura ao seu redor, que considera os materiais e características da região. E é assim que as casas de Wright se acoplam no terreno como se um dia elas realmente estivessem brotado ali.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Gabriela Alves Duarte

Resumo: O movimento Art Nouveau e suas múltiplas facetas

O presente trabalho pretende fazer uma análise dos arquitetos, interiores e mobiliário presentes no Movimento Art Nouveau.
Após mais de meio século de Historicismo e de agudo Ecletismo, a última década do século XIX assiste ao desenvolvimento,
não só na Europa, de uma tendência modernista ligada a todas as manifestações artísticas – desde a arquitetura à arte
aplicada, da pintura à ilustração, da escultura às artes gráficas publicitárias – que respira uma renovação total, reivindicando
a definição de "novo" estilo.
Embora se encontre com nomes diferentes em diversos países, é historicamente definido com a designação francês de Art Nouveau,
que no Brasil é literalmente traduzido por Arte Nova. A característica principal deste estilo é a linha, que tão depressa é lenta como
rápida, com um andamento quase sempre assimétrico e envolvente, passando de frágeis motivos decorativos a elementos estruturais
vigorosos. A decoração, geralmente inspirada em motivos florais (campânulas, rosas, folhas e rebentos) ou do reino animal
(borboletas, libélulas e galgos), não serve apenas para realçar a beleza do móvel, mas também como um meio para chegar à forma.
Ao lado desta Arte Nova exuberante existe uma versão feita de equilíbrio e de rigor elegante, caracterizada por uma decoração
simples e por formas que se exprimem através de figuras geométricas elementares como o quadrado, o círculo e o retângulo,
preferindo as superfícies planas esculpidas, as linhas verticais às sinuosas.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ana Paula Cadima e Vanessa Campos

Resumo: A integração estética do espaço no Art Nouveau

O estilo artístico foi desenvolvido na Europa à partir do século XIX, é caracterizado por sua ruptura com as tradições que até então persistiam insistentemente na arte e na arquitetura. Tratou-se de um estilo novo voltado para a originalidade da forma, de modo a se destituir de quaisquer preocupações ideológicas e tradições estéticas. Pretendendo-se como nova arte, o Art Nouveau procura rejeitar as formas meramente funcionais envolvidas em todos os objetos decorativos provenientes da produção em massa e adere às formas sinuosas e curvilíneas.
O Art Nouveau relaciona-se com a exploração de novos materiais, como por exemplo: o vidro e o ferro presentes nas escadarias, nos vitrais coloridos e traduzidos em formas orgânicas. Mas além dessa inovação em termos de materiais e formas, o período propunha uma unificação do interior com a fachada que deveriam forma um conjunto harmonioso, seguindo a mesma linguagem em todas as partes.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Fabrício Garcez Caetano

Resumo: Chicago: uma cidade, um desastre e um novo estilo

É muito reconhecida e apreciada no mundo todo a arquitetura antiga européia, desde a era medieval passando por todos os grandes movimentos europeus que influenciavam as artes como um todo; música, poesia, literatura e arquitetura. É sobre esta última que irei falar, mas não sobre a arquitetura européia.Tentarei falar em minha pesquisa sobre uma arquitetura que ao meu ver, é conhecida por todos através de jornais, filmes hollywoodianos e meios de comunicação visual, mas que poucos procuram saber sobre.Qual seu estilo, sua origem, sua razão, suas discussões e as pretenções da arquitetura estadunidense. O que acontece de particular nos Estados Unidos da América que faz com que os norte-americanos criem sua identidade na arquitetura e neguem as tendencias européias.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Rosiane Gonçalves

Resumo: A Coroa da Cidade a a Vila Contemporânea

Este trabalho tem como objetivo traçar um paralelo entre duas cidades utópicas temporalmente próximas, mas ideologicamente distantes. Isso se deve ao fato de que se trata de arquitetos de períodos diferentes arquitetônicos diferentes. O primeiro, Bruno Taut, considerado o principal teórico da arquitetura expressionista sendo que seus escritos são exímios exemplos desta corrente, o segundo, Le Corbusier, é um dos mais importantes arquitetos modernos. E toda essa representação ideológica que os dois carregam pode ser observada em seus primeiros, senão único para Taut, traçados urbanos, no caso A Cidade da Coroa e a Vila Contemporânea. Ambas as cidades são projetadas por meio da criação de zonas específicas para cada função, sendo uma forma encontrada por seus criadores para se restabelecer novamente a ordem após o caos urbano instalado com a Revolução Industrial. Porém elas se distanciam na medida em que o principal edifício representativo da cidade tem funções diferentes, em um a função religiosa assume a forma mais suprema de arquitetura, enquanto no outro os edifícios comerciais têm papel de destaque. Dessa forma, o presente trabalho foi divido em três partes: o expressionismo, Bruno Taut e a Coroa da Cidade e Le Corbusier e a Vila Contemporânea.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Cristiane Pires

Resumo: Cidade-Jardim e Cidade Industrial

Diante da Revolução Industrial, no século XVIII, houve uma intensa mudança nas cidades principalmente na Europa, devido a saída das pessoas da zona rural para urbana a procura de melhores condições, gerando o superpovoamento das cidades e consequentemente problemas de infra-estrutura. Diante desses fatos, os pensadores urbanistas da época, tentaram Solucionar esses problemas criando projetos de cidades planejadas, mais conhecidas como cidades utópicas.Estes urbanistas eram divididos em três correntes: humanista, naturalista e progressista.
Neste trabalho foram comparadas a Cidade-jardim de Ebenezer Howard que era ligado à corrente naturalista e a Cidade industrial de Tony Garnier defendendo o urbanismo progressista, caracterizando as e analisando as principais diferenças.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Maria Helena Faria Silveira

Resumo: A revolução dos materiais

As causas reais da revolução industrial, essencialmente quanto aos materiais, de alguma forma se tornaram mais profundas.
A linha indireta do desenvolvimento chega ao âmbito pessoal e artístico, a arquitetura moderna se encontra no final deste processo, condicionada não apenas aos meios técnicos, mas também sujeita ao todo, ao contexto cultural, social e artístico de sua época.
O pensamento moderno, no entanto, não se contenta com essa alternativa e procura a integração entre liberdade e autoridade, permitindo que essa forme noções abstratas e opostas de realidade, concreta e complementar.
O caminho a arquitetura concretização da moderna é longo, passando por diferentes e inusitadas situações criadas pela produção intelectual do período.
A busca pela produção industrial, rápida e em grande quantidade, dos materiais foi o principal objetivo da construção no século XIX.
O ferro, então, começa a ganhar destaque devido a sua eficiência estrutural. As primeiras experiências com o ferro surgiram no fim do século XVIII na engenharia civil, para a abertura de grandes vãos para as pontes.
A arquitetura, no entanto, demora a se adaptar as tecnologias e a produção industrial, sempre buscando integrar produção cultural a prática construtiva.
A evolução da arquitetura então é um processo longo, do clássico ao moderno, introduzindo diferentes soluções criadas pela produção intelectual do momento.
O trabalho a seguir estuda os fatos que levaram a arquitetura a adaptar-se ao material ferro como exemplo ao processo cultural que foi o século XIX.

Eloísa Marçola

Resumo: O mundo... Pré e Pós Torre Eiffel

A sensação destrói a noção, mas entra no ritmo da imaginação, acelera-o, precipita-o. (ARGAN, 1988, p.431)


Dentre alguns acontecimentos que marcaram a transformação do século XIX estão as Exposições Universais. Estas se constituíam de ambientes projetados e executados para abrigar uma feira de produtos industriais, sua arquitetura tentava, muitas vezes, utilizar dos materiais industrializados, que eram, em sua maior parte, o ferro e o vidro.

A França se fez sede de tais Exposições por alguns anos, e quando não hospedava-a, arquitetos franceses concorriam às exposições em outros países, desta forma, a França sempre estava presente.

Dentre todas as Exposições a mais marcante foi a de 1889, em comemoração ao centenário da tomada da Bastilha, quando foi entregue a obra da Torre Eiffel. Seu projeto é de 1885, sendo que a construção iniciou-se por volta de 1886-1887, e concluiu em 1889, tendo um período total de quatro anos.

Todas as construções marcaram a sociedade, causavam reações diversas, e, no geral, sempre assustavam, pois tudo era muito novo, mas foi a construção da Torre Eiffel que causou maior desconforto e admiração na população parisiense.

Geradora de muita polêmica, no entanto a Torre é um dos poucos pavilhões construídos para abrigar exposições, que não foi demolido. A Torre Eiffel é hoje o marco de Paris, indo mais longe: o símbolo da França; e isso tudo não se deu por acaso. A história mostra as divergências que o processo de criação e execução da Torre causou.

domingo, 9 de novembro de 2008

Kauê Paiva

Resumo: Paris, século XIX: o homem de Eça de Queiros por trás do turbilhão moderno


“O próprio nome de Paris simboliza tudo quanto não é grave nem puro -
e Paris é, segundo todos os escritores que o têm explicado e celebrado, o
berço natural dos risos, dos jogos, das graças inconstantes e dos vícios mais
amáveis e finos.”

(Eça de Queiros)


Paris, para muitos autores, foi considerada a capital do século XIX devido a uma congruência de fatores econômicos e políticos que se relacionam à revolução industrial e a formação de uma forte burguesia mercantil associada à alta do comercio têxtil na Europa daquele período.

O presente trabalho busca expor o cenário histórico e arquitetônico vivido em Paris durante a segunda metade do século XIX analisando as profundas transformações no tocante às novas tecnologias e ideologias surgidas com a, então nova, sociedade burguesa. Para tanto, traça-se um paralelo entre o momento vivido em Paris e a sátira a tais inovações industriais apresentada no livro “A Cidade e as Serras” do autor português Eça de Queirós, famoso por empreender críticas agudas a costumes e conflitos da sociedade, além de interpretar com primazia questões culturais e estéticas de sua época. Eça parece nos dizer, com extraordinária atualidade para os nossos dias, que a obsessão inconsciente pela novidade, pela notícia, funciona como mero gesto de acumulação, cujo efeito mais imediato é anestesiar nossa capacidade de refletir sobre o mundo.

Raisa Watanabe

Resumo: Art Nouveau

A Art Nouveau, foi entendida como sendo uma expressão típica do modernismo, considerado um fenômeno novo, imponente e ao mesmo tempo complexo, que deveria satisfazer o que se acredita ser a "necessidade de arte". Bom, pode-ser dizer que a Art Nouveau é considerada um acontecimento tipicamente urbano, que nasce nas capitais e se espalha para o interior. A Art Nouveau faz parte ao mesmo tempo das camadas da sociedade burguesa, já que a alta burguesia possui os arquétipos, trabalhados por artistas e artesãos qualificados em materiais nobres; e a pequena e média burguesia consumem produtos do mesmo tipo, mas que são da mesma forma, banalizados por causa dos processos repetitivos da produção industrial e pela qualidade inferior dos materiais.O Art Nouveau é uma ornamentação urbana.E, visto em conjunto, não expressa em absoluto a vontade de requalificar o trabalho dos operários (como pretendia Morris), mas sim a intenção de utilizar o trabalho dos artistas no quadro da economia capitalista. Por isso, o Art Nouveau nunca teve o caráter de uma arte popular, e sim pelo contrário, de uma arte de elite.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Lucianne Casasanta Garcia

Resumo:Consciência da mudança

“Baudelaire aceitou o homem moderno em sua plenitude, com suas fraquezas, suas aspirações e seu desespero. Foi, assim, capaz de conferir beleza a visões que não possuíam beleza em si, não por fazê-las romanticamente pitorescas, mas por trazer à luz a porção de alma humana ali escondida; ele pode revelar, assim, o coração triste e muitas vezes trágico da cidade moderna. É por isso que assombrou, e continuará a assombrar a mente do homem moderno, comovendo-o, enquanto outros artistas o deixam frio.” (BANVILLE, Theodore)


Em meio a uma metrópole em eterna reconstrução, Charles Baudelaire sentia-se na obrigação de refletir sobre o espírito e a forma desses novos tempos, que ele sintetiza na palavra modernidade. Estabelecer-se frente a uma sociedade em transformação, mediante todas as angústias e, sobretudo, comunicar o valor de uma nova concepção que desafie convenções pré-estabelecidas é o que impulsiona Baudelaire na concepção de sua literatura. Nela, são descritas atitudes para compartilhar com as transformações do homem, ­ que buscam no novo, elementos para a resolução de problemas por vezes abstratos, porém reais.
Ele teve muitos de seus poemas proibidos além de ter sido pouco lido pela sociedade de sua época. Entretanto, todas as observações, pensamentos e concepções do poeta irão influenciar a época seguinte, uma vez que a crítica de Baudelaire concentra-se na realidade da sociedade moderna.
Toda a narrativa de Baudelaire é abstrata, fazendo com que o leitor se desprendesse da necessidade da representação, para compreendê-lo. Com o advento da fotografia e do cinema, a literatura foi sendo liberada aos poucos de sua função de retratar uma determinada personagem ou contar uma história. Outra função foi tomando esse lugar vazio, a função de gerar atitudes, sínteses, conflitos no leitor em relação a sua própria condição. Deste modo, ao falar da modernidade de Baudelaire, não estamos nos referindo apenas ao apontamento dos conflitos da convivência urbana. Além de apontar, Baudelaire estava introduzindo uma nova forma de participação na sociedade, tão presente na vida intelectual do século XX, e no nosso cotidiano também.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Gabriela Silva Garcia

Resumo: A influência japonesa no Art Nouveau

Este trabalho busca explicitar as influências artísticas oriundas do Japão para o desenvolvimento das concepções estéticas do Art Nouveau no final do século XIX. Este movimento artístico buscava, essencialmente, promover uma reforma nas artes de forma a libertá-la dos cânones acadêmicos e melhor contextualiza-la à nova realidade instaurada pela Revolução Industrial.

Visando criar uma arte totalmente nova este movimento buscou diversas influências no passado como também em outros países, em especial o Japão. Este, cuja insularidade se finda em 1854 com a abertura de seus portos ao mundo, influencia de forma decisiva toda a produção artística européia na virada do século, instituindo padrões totalmente diferenciados a partir do intercâmbio destas duas culturas.
As contribuições nipônicas para o Art Nouveau, são reflexos dessa tendência européia ao Japonismo, perceptíveis desde os impressionistas, cujos ideais artísticos se afirmaram principalmente sob a figura de Van Gogh. Inseridos neste contexto, os artistas nouveau, desde os pintores aos arquitetos, estiveram impreterivelmente sujeitos a essa nova influência estética, cuja excentricidade aos padrões ocidentais servia perfeitamente aos propósitos de renovação artística do Art Nouveau.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vanessa Spina

Resumo: A Art Nouveau de Victor Horta e Henry van de Velde

Em fins do século XIX, dentro de um contexto de novas descobertas e superação das antigas tradições, não somente a arquitetura, mas a cultura artística em geral é reavaliada no sentido de ampliar o campo tradicional das artes, baseando-se na moderna concepção do mundo que estava cada vez mais evidente. Nasce então, como conseqüência dessa crise, uma nova forma de criar, descendente de jovens artistas que colocam em prática um novo estilo original com idéias, formas e experiências audaciosas e cada vez mais distantes do velho repertório das escolas – o Art Nouveau.

Precursores do art nouveau na Bélgica, os artistas Victor Horta e Henry van de Velde e suas experimentações são de suma importância para a compreensão do movimento e suas principais características. No entanto, o movimento possui um caráter de cultura de vanguarda e, portanto, muitas vezes não segue uma linha única de pensamento e/ou produção, devido à confusão de tendências e à sua diversa distribuição geográfica.

Além disso, o movimento atrai a personalidade do artista para as questões artísticas de modo muito mais sério do que no passado, o que contribui para as diferenças teóricas e práticas entre eles. Nessas condições, até mesmo experiências realizadas na mesma região – como é o caso dos artistas belgas Horta e Van de Velde – podem possuir características distintas, o que muitas vezes impede que suas obras sejam analisadas de forma conjunta. Analisar essas diferenças é o principal objetivo desse trabalho, levando em consideração as influências externas, o pensamento teórico e as experiências práticas dos dois artistas.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Guilherme Graciano

Resumo: Richard Buckminster Fuller: a tentativa de mudar o mundo através da arquitetura e do design

Richard Buckminster Fuller foi um arquiteto e inventor estadunidense que desenvolveu diversos trabalhos pesquisando tecnologias que pudessem acabar com problemas sociais tais como o problema da moradia para todos. Esta pesquisa busca mostrar e exemplificar como Fuller tentou sanar alguns problemas da sociedade através da tecnologia, da produção industrial em massa e dos materiais leves, mostrando algumas obras de sua linha Dymaxion como exemplo.
É dele a confiante afirmação de que:

“Pela primeira vez na história, agora é possível tomar conta de todos a um nível de vida mais elevado do que alguma vez tenha conhecido. Apenas dez anos atrás, a tecnologia ‘mais com menos’ chegou ao ponto em que isso poderia ser feito. Todos na humanidade têm agora a opção de se tornar bem sucedido a longo prazo.”
(R. Buckminster Fuller, 1980)

Em seus projetos, Buckminster Fuller buscava, através da tecnologia, a maior racionalização possível do uso dos recursos, pretendendo uma maior qualidade de vida para o ser humano, consumindo o mínimo. Dessa forma, sua “Comprehensive Antecipatory Design Science”, como designava seu trabalho, pretendia evitar que o mundo entrasse em crise aproveitando melhor os recursos, que são suficientes para atender a toda a humanidade, pois, como o próprio afirmava: “não há crise de energia, somente a crise de ignorância”.

Hércules

Resumo: Loos - Ornamento - Gaudí

No texto que se segue, nos propomos a fazer uma breve reflexão sobre o ornamento na arquitetura, um acessório corriqueiramente inofensivo mas que está no centro do desenvolvimento da história da arquitetura, sobretudo do período moderno e apresentando-se até os dias atuais. Enquanto alguns o glorificaram – exemplo do barroco – outros o repudiaram – caso dos modernos. Os pós-modernos resgataram o ornamento de forma bem “carnavalesca” assim como é do espírito dos mesmos.
Para refletirmos sobre este tema, iremos contrapor nesse grande universo de intervenientes, dois nomes que se encontram, por um lado, próximos na história da arquitetura, mais que por outro, estão distantes na forma de abordar o ornamento, são eles: Adolf Loos e Antoní Gaudí. Embora ao longo do texto possamos constatar aspectos “comuns” entre Loos e Gaudí, a forma em que ambos interpretarem o ornamento é bem diferente.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Elisa Azevedo Ribeiro

Resumo: A questão do ornamento para Adolf Loos e Louis Sullivan

ESTE TRABALHO PRETENDE REALIZAR UMA BREVE ANÁLISE SOBRE O ORNAMENTO NOS PIONEIROS DA ARQUITETURA MODERNA, ATRAVÉS DOS PENSAMENTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS DE ADOLF LOOS E DA ABORDAGEM ARQUITETÔNICA DE LOUIS SULLIVAN EM SEUS ARRANHA-CÉUS NORTE-AMERICANOS.

A PARTIR DO ESTUDO DO TEXTO ORNAMENTO E DELITO (ESCRITO POR LOOS, 1908) COMPLETANDO COM UMA ANÁLISE DE OUTROS TEÓRICOS DE ARQUITETURA, COMPREENDEMOS QUE O ORNAMENTO FOI ENTENDIDO POR LOOS COMO UMA DELINQÜÊNCIA PARA A SOCIEDADE MODERNA E QUE DEVERIA SER EXCLUÍDA DA NOVA ARQUITETURA. ELE CONSIDERAVA QUE O ATO DE ADORNAR REMETE ÀS SOCIEDADES MENOS EVOLUÍDAS, E PORTANTO, ANTIGAS, QUE ENCONTRAM A PARTIR DISSO SEU MEIO DE EXPRESSÃO, E A NOVA ARQUITETURA DEVE SE DESVINCULAR DESSE PASSADO PARA CRIAR SEU PRÓPRIO ESTILO.

ENQUANTO LOOS REPUDIA TOTALMENTE O USO DE ORNAMENTO DA ARQUITETURA MODERNA, SULLIVAN O EXPLORA DE MANEIRA HARMÔNICA COM SUAS EDIFICAÇÕES, ENTRETANTO DESVINCULADO DO SENTIDO DO ORNAMENTO CLÁSSICO. EM SEUS EDIFÍCIOS, AS ESTRUTURAS ESTEREOMÉTRICAS ACONTECEM EM OPOSIÇÃO À ORNAMENTAÇÃO. O ADORNO QUE APARECE NAS FACHADAS É A JUSTA MEDIDA ENTRE A FORMA ORGÂNICA LIVRE E UMA GEOMETRIA PRECISA.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ana Cláudia Menegasso

Resumo: Art Nouveau por Pevsner, Argan e Benevolo

Este trabalho tem como objetivo analisar, por meio de pesquisas bibliográficas, como os autores Argan, Pevsner e Benévolo abordam o assunto Art Noveau. Será mostrado como cada um trata o tema; como eles estabelecem suas narrativas por meio das suas definições, através de divisões por periodização ou por arquitetos, entre outros enfoques. Art Nouveau é um estilo artístico que se desenvolveu entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa às artes aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, artes gráficas, mobiliário e outras. Desse modo, será apresentado como cada um desses autores tem uma maneira própria de analisar bem como apresentar o referido tema. Nikolaus Pevsner, britânico nascido na Alemanha, em 1902 trabalhou especialmente com arquitetura e design na área da história da arte. Filho de um mercador judeu, nasceu em Leipzig, Saxônia. Ele segue um roteiro pautado no estudo de artistas, arquitetos e artesãos, através de uma ordem cronológica, em que mostra suas obras e suas influencias. Como principais características do Art Nouveau, Pevsner, aponta a recusa de aceitar ligação com o passado e a manipulação de formas assimétricas que tem origem na natureza. Ele diferencia Henri Van de Velde de René Winer, pois, para o historiador, o primeiro, um pintor belga influenciado por Gauguin insistia que o processo intelectual de transformar a natureza em ornamento para obter formas assimétricas, onduladas e curvas, seria obtido abstratamente; e para o segundo seria obtido naturalmente. O autor destaca ainda o escultor espanhol Antoni Gaudí colocando-o como o único homem ao colocar o metal em expressão tão violenta quanto à de Gilbert. Quanto á alguns países que aderiram o novo estilo Belga, ele considera a França como o país que levou mais longe o estilo, em que existia dois centros Nancy e Paris. Nancy é a cidade de Gallé e de outros artistas influenciados pela fé que se tinha na natureza como fonte do ornamento. Já a Alemanha aderiu ao Art Nouveau depois de alguns anos de hesitação, os designers principais foram Peter Behrens e Otto Eckmann, que ilustraram livros, capas de livros e encadernações. E na Bélgica, berço do Art Nouveau, ocorre uma exposição considerada chave para o autor; a do clube Les Vingth, onde mostraram Van Gogh e Gauguin. Ele ainda fala sobre o mobiliário comparando-o com o Barroco, em que não se poderia apreciar, sem entender o seu contexto, as peças individualmente. Ele ainda faz uma análise sobre os materiais mais usados no período, que foram principalmente o ferro e o vidro. Por fim, para Pevsner, as inovações desse estilo saltam para o futuro e são a recusa de continuar o historicismo do século XIX e a preocupação com objetos de uso em vez de pinturas e estátuas. E para ele o que põe fim ao Art Nouveau é o individualismo conseqüente do artesanato que acaba sendo comprometido com a industrialização. Já Giulio Carlo Argan, nascido na Itália em 1909, foi Prefeito de Roma entre 1976 e 1979, tendo sido senador eleito pelo Partido Comunista e catedrático de História da Arte Moderna na Universidade de Roma a partir de 1959; é considerado um dos mais produtivos historiadores da arte de sua geração, que corresponde historicamente aos movimentos modernos da arte, constrói um texto com uma visão sociológica apontando a crítica de como a produção industrial pode acabar com arte como atividade culturalmente relevante. O historiador coloca o Art Nouveau como estilo, moda e indica suas cinco características gerais, entre elas a temática naturalista e preferência pelos ritmos baseados na curva. Faz referências às casas: Steiner de Adolf Loos em Viena, e Milá em Barcelona de Antoni Gaudí. Loos assume uma posição contra o Art Nouveau, sua posição ideológica e cultural é totalmente oposta à de Gaudí; que praticava a arte pura e não fazia dela um serviço social, como Loos defendia. Acrescenta que a difusão do Art Nouveau se dá por meio de revistas de arte e de moda e exposições mundiais. Para ele o estilo pretende dissimular a condição do sujeito ao capital e a classe operária não desfruta dele. Separa dois grupos de artistas: o de Loos, Van de Veld e Horta, cuja para eles a arte se antecipa por meio do sentimento de progresso; e outro o de Gaudí, Munch e Ensor, que a arte se dobra sobre o passado. Por fim, Leonardo Benevolo nasceu em Orta, na Itália, em 1923; arquiteto e urbanista, estudou arquitetura em Roma e doutorou-se em 1946. Desde então passou a ensinar História da Arquitetura nas Universidades de Roma, Florença, Veneza e Palermo. Em sua obra "Historia da Arquitetura Moderna", Benvolo evita as classificações e opta por descrever separadamente os artistas e suas experiências mais significativas. Para ele, devido aos estragos causados das duas guerras mundiais, que tornaram estudos e dados incompletos, e destruíram vários móveis e decorações do período; e também por se tratar de um movimento de vanguarda, é mais adequada essa separação dos principais artistas do Art Nouveau. O autor afirma que o Art Nouveau, era uma complicada árvore genealógica, de tendências, personificadas por um número restrito de artistas originais. Em sua obra ele emprega o termo Art Nouveau com um significado amplo incluindo seus análogos como liberty, modern style e Jugendstil. Ele cria tópicos com nome de arquitetos, onde fala sobre o decorrer do estilo e analisa algumas obras de artistas importantes para o período. E começa com um tópico de Victor Horta, em que periodiza o modern style, falando de seu surgimento e das relações entre os artistas da Bélgica e da Inglaterra. Ainda nesse tópico o historiador comenta que Horta não pretendia imitar a linguagem dos pintores, do grupo Les XX, e sim queria fazer como os pintores e criando para ele uma linguagem igualmente pessoal e livre. Bonevolo assim como Pevsner, dá enfoque à exposição Universal de Paris, onde os artistas fazem um esforço para transformar uma nova decoração adequada aos edifícios de ferro. Ele ainda faz outros tópicos com os nomes dos artistas: Henry Van de Velde, Otto Wagner, Joseph Maria Olbrich, Joseph Hoffmann e Adolf Loos; onde aponta mais características do Art Nouveau e a contibuição de cada um para o novo estilo, através de suas obras em cada país da Europa.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Jordana Alves

Resumo: Adolf Loos e Henry Van der Velde - Ornamentos

O trabalho realizado visa estudar e entender as idéias dos arquitetos Adolf Loos e Henry van de Velde em relação ao uso de ornamentos na arquitetura. Entre 1850 e 1950, período de grande expansão para a arte e de muita turbulência para a humanidade, o ornamento esteve no presente em muitas discussões. Os métodos industriais de produção transformaram radicalmente a presença dos ornamentos nas grandes cidades. Fabricados anteriormente em pequenas oficinas, por artesãos que utilizavam materiais e procedimentos técnicos aperfeiçoados lentamente durante séculos, os ornamentos passaram a ser feitos em galpões industriais, segundo as exigências da produção em série. Novos métodos de organização do trabalho, técnicas e materiais foram desenvolvidos para multiplicar a produção; o artesão que trabalhava com uma pequena equipe de trabalhadores e aprendizes foi substituído pelo operário responsável por um fragmento incessantemente repetido da cadeia produtiva. Os ornamentos deixaram de ser concebidos e fabricados exclusiva ou prioritariamente em função de projetos específicos de residências ou prédios públicos, envolvendo a participação de arquitetos, artistas e artesãos, para se transformarem em mercadorias produzidas em larga escala e direcionadas ao consumo de diferentes camadas da população urbana. Dessa forma, a pesquisa realizada tem o intuito de conhecer melhor as opiniões dos arquitetos modernistas, trazendo as condenações que Adolf Loos faz ao uso de ornamentos e a defesa que Henry van de Velde faz, aderindo ornamentos aos seus projetos.

Audrey Fogaça Soares

Resumo - Casa Vicens: Gaudí e a influência mudejar

De fato, Gaudí é mundialmente reconhecido por sua originalidade formal, por sua característica de artesão individualista, que lhe permitiu traduzir desde influências históricas espanholas até as mais novas características da Art Nouveau em arquiteturas jamais vistas.
Seja nas torres da Sagrada Família ou nos bancos curvos do Parque Güell, nos portões de ferro da Casa Vicens ou nas curvas da fachada da Casa Milá, Gaudí fez uma arquitetura plenamente visual cuja verdadeira estrutura é a estrutura da imagem, contrapondo sua versão mediterrânea e católica à versão centro-européia da Art Nouveau.
Nascido na região da Catalunha, viveu em Barcelona na época em que a cidade se desenvolvia industrialmente, num ambiente de valorização cultural muito forte exaltado pelo movimento Renaixença. Foi nesse ambiente que se rompeu o marasmo artístico do final do século XIX, e os primeiros passos do Modernisme se deram em 1880, com a Casa Vicens, de Gaudí.

“Esta casa, como a maior parte da obra gaudiniana, delatava a influência de Violet-le-Duc, onde os elementos constituintes de um estilo nacional eram considerados como submetidos aos princípios do racionalismo estrutural. Na Casa Vicens, Gaudí formulou pela primeira vez a essência de seu estilo, que embora gótico em princípio estrutural, era mediterrâneo, para não dizer islâmico, em boa parte da sua inspiração (...) Como escreveu Ary Leblond em 1910, Gaudí buscava ‘um gótico que estivesse saturado de luz solar, relacionado estruturalmente com as grandes catedrais catalãs, no qual se empregasse cor tal como fizeram os gregos e mouros, lógico para Espanha, um gótico meio marítimo e meio continental, realçado por uma riqueza panteísta.” (FRAMPTON, Kenneth. p. 65)

"Não se imagine, porém, que inovação e criatividade podiam fazer com que Gaudí negasse, ou mesmo se afastasse dos valores e tradições da cultura catalã (...) Reflete o Mediterrâneo como local de confluência de culturas muito diversas e, sobretudo Barcelona, como seu centro de referência nos últimos séculos. Principalmente em suas primeiras obras, verifica-se o intenso uso de azulejos e gelosias (muxarabis), de tetos muito elaborados, de varandas e diversos outros elementos presentes nas obras dos quase oito séculos de ocupação árabe da Península Ibérica, mesmo sendo essa influência bem mais sensível na Andaluzia que na Catalunha." (ROCHA, Ari Antônio)

Thiago Henrique Castro

Resumo: O Concreto e sua 1ª Expressão Arquitetônica

Dentre os vários que utilizaram o concreto armado estão François Hennebique, Auguste Perret e Tony Garnier. Perret foi o primeiro que o utilizou como meio de expressão arquitetônica e é sobre seu edifício de apartamentos construído na Rue Franklin 25 bis, na cidade de Paris, que irei escrever nas próximas postagens. Espero que a comparação entre esta obra de Perret com outras anteriores possa esclarecer o porquê do edifício ser considerado a primeira expressão arquitetônica do concreto.

Polyanna Alves Gonçalves

Resumo: Adolf Loos e a Arquitetura do seu Tempo



O arquiteto austríaco Adolf Loos viveu em uma época de crise de identidade nacional induzida pela recente unificação alemã e é um dos pioneiros incontornáveis do movimento moderno mundial. Sua obra – tanto as construções, desnudas de qualquer ornamentação supérflua, como os escritos – têm um profundo significado para a evolução arquitetônica. Ele foi como uma combinação de dândi e moralista da arquitetura. Esse arquiteto, que se destaca também pela coerência moral e disciplinar que manteve durante toda a vida, gerou muita polêmica com suas várias declarações críticas. Em uma perspectiva histórica, muitas de suas mensagens têm se mostrado certas, por isso sua importância para o desenvolvimento de uma nova base da cultura arquitetônica é indiscutível. Com um modo de pensar diferenciado, Loos de certa forma preparou o caminho para o estilo moderno.

Em seu livro, História Crítica da Arquitetura Moderna, Kenneth Frampton diz que a importância de Loos enquanto pioneiro dependeu de sua extraordinária percepção como crítico da cultura moderna, e também de sua formulação do Raumplan como estratégia arquitetônica para transcender o legado cultural contraditório da sociedade burguesa que, tendo se privado do vernáculo, não tinha como pretender, em troca, a cultura do Classicismo. Partindo de textos do próprio Adolf Loos e dos estudos realizados por historiadores como Leonardo Benévolo, Giulio C. Argan, Sigfried Giedion, o já citado Frampton, etc., esse trabalho visa discutir mais detalhadamente esse ataque de Loos ao Classicismo e à originalidade inventiva.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Larissa Oliveira Gonçalves

Resumo - Entre Otto Wagner e Lúcio Costa

"Este trabalho visa comparar as propostas de dois arquitetos, Otto Wagner e Lúcio Costa, para as cidades de Viena e Brasília, respectivamente, sendo que no primeiro caso, era uma proposta de restauração e modificação da cidade para a melhor adaptação à vida moderna, proposta vencedora de concurso, mas não implementada, e no segundo caso, a proposta da construção da capital do Brasil, que deveria representar a tecnologia, a modernidade e a eficiência de uma administração. Essa temática foi abordada a partir da comparação subconsciente, gerada ao se ler parte do texto Die Grosstadt, de O. Wagner, entre um novo bairro que seria construído em Viena e entre Brasília. O ensaio, Die Grosstadt, foi escrito vinte anos após o concurso para o Plano de Viena, em 1911, e propõe, ente outros assuntos, a construção desse novo bairro, que seria praticamente uma nova cidade unida à Viena. Através dos planos regularizadores dessa cidade nova que se uniria a Viena é que as comparações com Brasília serão realizadas."

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Isabela Batista

Resumo - As cidades de Garnier e Le Corbusier

Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica que parte do interesse em estudar sobre o urbanismo na Arquitetura Moderna. A pesquisa focou-se em Tony Garnier e Le Corbusier e baseou-se nos livros de Françoise Choay, Leonardo Benevolo, Nikolaus Pevsner, Kenneth Frampton e Sigfried Giedion, que são autores que fazem a relação entre as teorias da Cidade Industrial de Garnier e a Cidade Contemporânea de Le Corbusier. Além de falaram também da relação entre Tony Garnier e Auguste Perret com o concreto armado e outras influências sofridas durante o processo de criação desses planejamentos urbanos.
Logo após a Revolução Industrial as cidades têm um crescimento demográfico incrível, o que faz com que não haja controle do planejamento urbano, conseqüentemente piorando as condições de vida do homem nessa cidade. Esse homem perde o antigo conceito de vida, perde a capacidade de identificar na sua família a base para viver, torna-se mecanizado quando é exposto à nova sociedade.
Reconhecendo o impasse em que se encontrava a cidade industrial de meados do século XIX, o urbanismo moderno, partiu da idéia de que era possível a reorganização da cidade. Acreditou também que as relações entre a sociedade e seu quadro de vida material também poderiam ser restituídas.
Diante esse caos surge então o desejo de melhorar a qualidade de vida desse homem moderno e fazer com que ele volte às raízes, através da mecanização da cidade. Existe a necessidade de que as cidades modernas voltem a ter ordem, só que a ordem que foi desfeita pertencia à cidade-campo e foi substituída por outra ordem, a da industrialização. Essa nova ordem gera um constante desejo de progresso, pois a indústria, as construções, objetos e até mesmo o conceito de felicidade passam a ser efêmeros, procura-se sempre um desenvolvimento maior do que o existente, a satisfação é momentânea.
Na Arquitetura Moderna a cidade é o instrumento de trabalho, os arquitetos e urbanistas buscam juntar a estética com a função, os novos materiais necessitam estar conectados às novas técnicas construtivas, gerando uma padronização da produção dos materiais da construção, como é o caso do concreto armado.
Segundo teoria de Le Corbusier também há a mecanização e padronização da habitação e do homem, levando-o a criar a habitação-tipo, o homem-tipo, o objeto-tipo, pois o homem é em essência igual, permitindo essa uniformidade. O arquiteto acredita que definir a priori as necessidades do ser humano e criar um padrão do cotidiano desse homem é uma solução para combater os problemas da cidade moderna.
Com essa modernidade surge à preocupação com o bem-estar humano. Através da melhoria da iluminação, a preocupação com higiene, ventilação, abertura dos espaços e introdução de áreas verdes Tony Garnier e Le Corbusier pretendem vencer e solucionar as cidades modernas; existe também a preocupação em melhorar o trânsito caótico das cidades, a rua passa a independer das fachadas das casas, pois essas casas foram elevadas sob pilotis, criando o teto-terraço, como é o caso de Le Corbusier, ou foram feitas de modo a permitir a passagem, através de corredores laterais, como é o caso de Garnier.
Os projetos urbanísticos de ambos os arquitetos separam e classificam elementos básicos da cidade, como a administração, esportes, saúde e educação, separando-os em zonas, além de preocuparem-se com a circulação entre essas zonas. Estudam também a disposição das construções a partir das condições que passaram a ser importantes, como insolação, ventilação e circulação.

Camila Ribeiro Campos

Resumo - Renascimento e Cubismo

Este trabalho tem o intuito de identificar as mudanças na perspectiva da pintura na passagem para o Renascimento e, posteriormente, na passagem para o Cubismo.
Durante o Renascimento, não apenas a arte sofreu modificações, a sociedade inteira entrou em mudança. Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras, espaços reais sobre uma superfície plana, dando a noção de profundidade e de volume, ajudados pelo jogo de cores que permitem destacar na obra os elementos mais importantes e obscurecer os elementos secundários, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distâncias e volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo, que possibilitará a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior ênfase à realidade e maior durabilidade às obras. O Código Visual introduzido pelo renascimento perdurou até a eclosão do Fauvismo e Cubismo (1905-8).
As transformações que ocorreram no século XV podem ser comparadas às que ocorreram no século XX e levaram ao Cubismo: modificações no modo de viver e pensar do homem.
A pintura cubista tenta representar os objetos tridimensionalmente, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Simula-se um movimento em torno dos objetos, tendo uma visão de todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes. A pintura cubista tem as seguintes características: geometrização das formas e volumes; renúncia à perspectiva; o claro-escuro perde sua função; representação do volume colorido sobre superfícies planas; sensação de pintura escultórica; cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Blog criado


Aos alunos e alunas da disciplina... para publicar aqui os resumos de seus trabalhos, juntamente com o link para seus próprios blogs, vocês deverão envia-los a mim por e-mail (os resumos com os links). Deixarei meu e-mail na próxima aula.

Abraço e bom trabalho!!

Henrique Vitorino Souza Alves - Monitor