quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Rosiane Gonçalves

Resumo: A Coroa da Cidade a a Vila Contemporânea

Este trabalho tem como objetivo traçar um paralelo entre duas cidades utópicas temporalmente próximas, mas ideologicamente distantes. Isso se deve ao fato de que se trata de arquitetos de períodos diferentes arquitetônicos diferentes. O primeiro, Bruno Taut, considerado o principal teórico da arquitetura expressionista sendo que seus escritos são exímios exemplos desta corrente, o segundo, Le Corbusier, é um dos mais importantes arquitetos modernos. E toda essa representação ideológica que os dois carregam pode ser observada em seus primeiros, senão único para Taut, traçados urbanos, no caso A Cidade da Coroa e a Vila Contemporânea. Ambas as cidades são projetadas por meio da criação de zonas específicas para cada função, sendo uma forma encontrada por seus criadores para se restabelecer novamente a ordem após o caos urbano instalado com a Revolução Industrial. Porém elas se distanciam na medida em que o principal edifício representativo da cidade tem funções diferentes, em um a função religiosa assume a forma mais suprema de arquitetura, enquanto no outro os edifícios comerciais têm papel de destaque. Dessa forma, o presente trabalho foi divido em três partes: o expressionismo, Bruno Taut e a Coroa da Cidade e Le Corbusier e a Vila Contemporânea.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Cristiane Pires

Resumo: Cidade-Jardim e Cidade Industrial

Diante da Revolução Industrial, no século XVIII, houve uma intensa mudança nas cidades principalmente na Europa, devido a saída das pessoas da zona rural para urbana a procura de melhores condições, gerando o superpovoamento das cidades e consequentemente problemas de infra-estrutura. Diante desses fatos, os pensadores urbanistas da época, tentaram Solucionar esses problemas criando projetos de cidades planejadas, mais conhecidas como cidades utópicas.Estes urbanistas eram divididos em três correntes: humanista, naturalista e progressista.
Neste trabalho foram comparadas a Cidade-jardim de Ebenezer Howard que era ligado à corrente naturalista e a Cidade industrial de Tony Garnier defendendo o urbanismo progressista, caracterizando as e analisando as principais diferenças.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Maria Helena Faria Silveira

Resumo: A revolução dos materiais

As causas reais da revolução industrial, essencialmente quanto aos materiais, de alguma forma se tornaram mais profundas.
A linha indireta do desenvolvimento chega ao âmbito pessoal e artístico, a arquitetura moderna se encontra no final deste processo, condicionada não apenas aos meios técnicos, mas também sujeita ao todo, ao contexto cultural, social e artístico de sua época.
O pensamento moderno, no entanto, não se contenta com essa alternativa e procura a integração entre liberdade e autoridade, permitindo que essa forme noções abstratas e opostas de realidade, concreta e complementar.
O caminho a arquitetura concretização da moderna é longo, passando por diferentes e inusitadas situações criadas pela produção intelectual do período.
A busca pela produção industrial, rápida e em grande quantidade, dos materiais foi o principal objetivo da construção no século XIX.
O ferro, então, começa a ganhar destaque devido a sua eficiência estrutural. As primeiras experiências com o ferro surgiram no fim do século XVIII na engenharia civil, para a abertura de grandes vãos para as pontes.
A arquitetura, no entanto, demora a se adaptar as tecnologias e a produção industrial, sempre buscando integrar produção cultural a prática construtiva.
A evolução da arquitetura então é um processo longo, do clássico ao moderno, introduzindo diferentes soluções criadas pela produção intelectual do momento.
O trabalho a seguir estuda os fatos que levaram a arquitetura a adaptar-se ao material ferro como exemplo ao processo cultural que foi o século XIX.

Eloísa Marçola

Resumo: O mundo... Pré e Pós Torre Eiffel

A sensação destrói a noção, mas entra no ritmo da imaginação, acelera-o, precipita-o. (ARGAN, 1988, p.431)


Dentre alguns acontecimentos que marcaram a transformação do século XIX estão as Exposições Universais. Estas se constituíam de ambientes projetados e executados para abrigar uma feira de produtos industriais, sua arquitetura tentava, muitas vezes, utilizar dos materiais industrializados, que eram, em sua maior parte, o ferro e o vidro.

A França se fez sede de tais Exposições por alguns anos, e quando não hospedava-a, arquitetos franceses concorriam às exposições em outros países, desta forma, a França sempre estava presente.

Dentre todas as Exposições a mais marcante foi a de 1889, em comemoração ao centenário da tomada da Bastilha, quando foi entregue a obra da Torre Eiffel. Seu projeto é de 1885, sendo que a construção iniciou-se por volta de 1886-1887, e concluiu em 1889, tendo um período total de quatro anos.

Todas as construções marcaram a sociedade, causavam reações diversas, e, no geral, sempre assustavam, pois tudo era muito novo, mas foi a construção da Torre Eiffel que causou maior desconforto e admiração na população parisiense.

Geradora de muita polêmica, no entanto a Torre é um dos poucos pavilhões construídos para abrigar exposições, que não foi demolido. A Torre Eiffel é hoje o marco de Paris, indo mais longe: o símbolo da França; e isso tudo não se deu por acaso. A história mostra as divergências que o processo de criação e execução da Torre causou.

domingo, 9 de novembro de 2008

Kauê Paiva

Resumo: Paris, século XIX: o homem de Eça de Queiros por trás do turbilhão moderno


“O próprio nome de Paris simboliza tudo quanto não é grave nem puro -
e Paris é, segundo todos os escritores que o têm explicado e celebrado, o
berço natural dos risos, dos jogos, das graças inconstantes e dos vícios mais
amáveis e finos.”

(Eça de Queiros)


Paris, para muitos autores, foi considerada a capital do século XIX devido a uma congruência de fatores econômicos e políticos que se relacionam à revolução industrial e a formação de uma forte burguesia mercantil associada à alta do comercio têxtil na Europa daquele período.

O presente trabalho busca expor o cenário histórico e arquitetônico vivido em Paris durante a segunda metade do século XIX analisando as profundas transformações no tocante às novas tecnologias e ideologias surgidas com a, então nova, sociedade burguesa. Para tanto, traça-se um paralelo entre o momento vivido em Paris e a sátira a tais inovações industriais apresentada no livro “A Cidade e as Serras” do autor português Eça de Queirós, famoso por empreender críticas agudas a costumes e conflitos da sociedade, além de interpretar com primazia questões culturais e estéticas de sua época. Eça parece nos dizer, com extraordinária atualidade para os nossos dias, que a obsessão inconsciente pela novidade, pela notícia, funciona como mero gesto de acumulação, cujo efeito mais imediato é anestesiar nossa capacidade de refletir sobre o mundo.

Raisa Watanabe

Resumo: Art Nouveau

A Art Nouveau, foi entendida como sendo uma expressão típica do modernismo, considerado um fenômeno novo, imponente e ao mesmo tempo complexo, que deveria satisfazer o que se acredita ser a "necessidade de arte". Bom, pode-ser dizer que a Art Nouveau é considerada um acontecimento tipicamente urbano, que nasce nas capitais e se espalha para o interior. A Art Nouveau faz parte ao mesmo tempo das camadas da sociedade burguesa, já que a alta burguesia possui os arquétipos, trabalhados por artistas e artesãos qualificados em materiais nobres; e a pequena e média burguesia consumem produtos do mesmo tipo, mas que são da mesma forma, banalizados por causa dos processos repetitivos da produção industrial e pela qualidade inferior dos materiais.O Art Nouveau é uma ornamentação urbana.E, visto em conjunto, não expressa em absoluto a vontade de requalificar o trabalho dos operários (como pretendia Morris), mas sim a intenção de utilizar o trabalho dos artistas no quadro da economia capitalista. Por isso, o Art Nouveau nunca teve o caráter de uma arte popular, e sim pelo contrário, de uma arte de elite.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Lucianne Casasanta Garcia

Resumo:Consciência da mudança

“Baudelaire aceitou o homem moderno em sua plenitude, com suas fraquezas, suas aspirações e seu desespero. Foi, assim, capaz de conferir beleza a visões que não possuíam beleza em si, não por fazê-las romanticamente pitorescas, mas por trazer à luz a porção de alma humana ali escondida; ele pode revelar, assim, o coração triste e muitas vezes trágico da cidade moderna. É por isso que assombrou, e continuará a assombrar a mente do homem moderno, comovendo-o, enquanto outros artistas o deixam frio.” (BANVILLE, Theodore)


Em meio a uma metrópole em eterna reconstrução, Charles Baudelaire sentia-se na obrigação de refletir sobre o espírito e a forma desses novos tempos, que ele sintetiza na palavra modernidade. Estabelecer-se frente a uma sociedade em transformação, mediante todas as angústias e, sobretudo, comunicar o valor de uma nova concepção que desafie convenções pré-estabelecidas é o que impulsiona Baudelaire na concepção de sua literatura. Nela, são descritas atitudes para compartilhar com as transformações do homem, ­ que buscam no novo, elementos para a resolução de problemas por vezes abstratos, porém reais.
Ele teve muitos de seus poemas proibidos além de ter sido pouco lido pela sociedade de sua época. Entretanto, todas as observações, pensamentos e concepções do poeta irão influenciar a época seguinte, uma vez que a crítica de Baudelaire concentra-se na realidade da sociedade moderna.
Toda a narrativa de Baudelaire é abstrata, fazendo com que o leitor se desprendesse da necessidade da representação, para compreendê-lo. Com o advento da fotografia e do cinema, a literatura foi sendo liberada aos poucos de sua função de retratar uma determinada personagem ou contar uma história. Outra função foi tomando esse lugar vazio, a função de gerar atitudes, sínteses, conflitos no leitor em relação a sua própria condição. Deste modo, ao falar da modernidade de Baudelaire, não estamos nos referindo apenas ao apontamento dos conflitos da convivência urbana. Além de apontar, Baudelaire estava introduzindo uma nova forma de participação na sociedade, tão presente na vida intelectual do século XX, e no nosso cotidiano também.